Tem gente que tem mania de cada coisa, né? Estou falando é de “mania” mesmo, quando a pessoa faz a mesma coisa estranha diversas vezes. (Ou isso teria outro nome? Por favor, será que alguém me ajuda com essas nomenclaturas?)
Acho que a minha mania atual (ou vício, toc, cacuete, tara, fixação, sei lá!), que se apresenta de forma mais acentuada (fora trancar a porta pelo menos 3 vezes e desligar o gás mesmo quando ele já está desligado – o que me parece já ter passado para o nível “grave”), é visitar diariamente 5 lojas que eu acho imperdíveis para quem quer ter uma cozinha bem equipada. Calma, são todas virtuais, não é tão difícil assim!
Na verdade estou falando de clubes de compra, onde você encontra produtos de tudo quanto é marca com ótimos descontos. Não confunda com “compra coletiva“, em que um mínimo de pessoas precisa querer comprar um produto ou serviço para que ele seja disponibilizado para a venda (tipo Peixe Urbano). Nos clubes de compra não tem a parte do “coletivo”.
Se você está montando sua casa, eu tenho um conselho bem de amiga para te dar: calma, vá com calma. Comece a ver também esses sites com muita frequência para entender o que você poderá encontrar neles e, só aí, vá às compras nas lojas normais. Sim, se for se casar (não foi o meu caso), faça compras só depois de ganhar todos os presentes.
O Westwing é um clube de compras de decoração e design, então é com certeza o meu preferido (eu amo decoração, não sabia?). Logo depois dele, na minha ordem de relevância, vem o Bamarang, que também é de decoração e design mas muito mais design do que decoração.
Outros 3 sites que eu visito diariamente para não perder nenhuma boa oferta são: Privalia, Brandsclub(comecei a decorar a minha casa com ele mesmo antes de me mudar!) e Coquelux (nunca comprei mas acho que é só porque tem menos campanhas de decoração e coisas para a casa do que os outros).
Ontem mesmo estava falando do meu cooler e foi no Westwing que o encontrei por R$ 65,00 (custa R$ 120,00 nas lojas normais). No mesmo pedido, levei um balde de gelo e um pote para guardar alho, que foram também uma pechincha e são um xodó na minha cozinha.
Eu vejo, vejo e nem faço tantas compras assim, acredite. Até porque já sei quando o produto que gostei tem chances de reaparecer no mesmo site ou em outro, algum tempo depois. É, cheguei a esse nível de conhecimento do assunto.
O único problema dos clubes de compra é o prazo de entrega. Normalmente demora bem, mas bem mesmo. A Privalia e o Brandsclub demoram tanto que, quando a caixa chega, eu fico feliz como se alguém tivesse me dado um presente surpresa e tivesse acertado em cheio o meu gosto. De tanto que demora, eu realmente me esqueço de que fiz a compra. Mas não é por falta de aviso, o prazo de entrega é informado na página do produto, no carrinho de compras, em todas as mensagens de confirmação e no status do pedido.
O Westwing me surpreendeu, entregou mais rápido do que eu esperava e eu fiquei ainda mais feliz quando vi o pacote na portaria.
Em todos esses sites, tem pessoas loucas (não precisa jogar na cara porque eu já sei que me tornei uma delas) que colocam os produtos mais bacanas e mais baratos no carrinho de compras muito antes de você e tudo de melhor fica esgotado rapidamente. Isso acontece muito mais nas campanhas de moda do que nas de decoração e utilidades domésticas. É um fato. Deve ter muito mais “maluco” querendo encher o guarda-roupas do que arrumar a casa.
Aliás, colocar no carrinho de compras as coisas que parecem interessantes é uma boa tática para garantir que ainda vai ter estoque. Mas tem que ser sagaz, o carrinho expira em 15 minutos (acho que em todos esses sites) e tudo que você selecionou volta a ficar disponível para outras pessoas.
Pausa para a reflexão:
Estou aqui escrevendo e pensando como você pode estar me achando uma psicopata das compras. Isso me lembrou muito um dia em que fui ao bingo com meu namorado pela primeira e última vez.
Nós nos sentamos em uma mesa com uma senhora solitária que tinha tipo umas vinte cartelas sobre a mesa, sem brincadeira. Eu e o namorado não tínhamos nenhuma, porque a gente foi ali só para ver como era um bingo de verdade e nem dava pra gastar em experiências desse tipo na época.
Ela acendia um cigarro no outro e bebia um whiskey cowboy com o dedo mindinho levantado, olhando sobre o copo para as suas cartelas. Quando cantavam a pedra, a senhora saia marcando tudo de um jeito que eu não entendi até agora como aquilo era possível.
Ficamos de queixo caído vendo a desenvoltura dela e… BINGO! Completou uma cartela.
A gente comemorou, bateu palminhas para ela que, inexorável, nem “tchum” por ter ganhado uma grana boa (acho que uns 400 contos, se não me falha a memória). Um homem veio entregar a grana na mesa e ela colocou uma nota de ”x” reais (não me lembro o valor de novo, mas era o preço da cartela) na frente de cada um. Logo falamos: “Que isso, imagina, a gente não comprou porque não quis mesmo, não se preocupe com isso” e ela respondeu: “É para dar sorte. Quando a gente ganha, tem que dar uma nota para os colegas de mesa.”
Ok, né? Já que é tradição, quem sou eu para negar! Jogamos e perdemos.
Ela ficou nos estimulando a comprar mais cartelas e nós dois ali resistindo, porque já estávamos achando aquilo um hospício. Tudo o que a gente queria era ir embora daquele lugar cheio de fumaça e, na nossa opinião, de pessoas enlouquecidas. Foi quando, às 21:30h daquela noite, a senhora das vinte cartelas nos atirou na cara a célebre frase:
“Não se ganha tão facilmente, tem que ter paciência. Se você tiver paciência, vai ganhar. Eu, por exemplo, estou aqui desde 11h da manhã e só agora comecei a ganhar.”
E aí? Você acha que a minha loucura de vasculhar clubes de compras diariamente já está nesse nível?
Em todo caso, #ficadica!
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